domingo, 26 de julho de 2009

Curvelo















Por alguns anos trabalhei na Faculdade de Ciências e Letras de Curvelo.
Bons tempos, muitas amizades que me interpelam por onde ando.

quarta-feira, 22 de julho de 2009

Dara!
















Já tem 7 meses!

Flores desafiam o inverno
















Ousadia, desafio,
petulância...
Entre a poeira de um tempo seco
A pitangueira se impõe.
Enfeita-se de flores brancas.
Você pode imaginar o perfume...
Mas fique estática diante da beleza!

segunda-feira, 13 de julho de 2009

Manoelina










 

Mulher do Axé.
Herança que resistiu
a desterritorialização,
a desgregação da família,
as torturas,
o desrespeito ao sujeito, ao seu corpo...
Inda assim
concretizou
alívio a sofrimentos outros,
a males físicos e muitos mais.
Um copo de água é remédio,
nada mais.








segunda-feira, 6 de julho de 2009

Ler além dos dias...

Mesmo que leia todas as horas
Dos dias que aos 3 de agosto
Somarão um mês,
Ainda que estique todos os minutos
nas páginas impressas.
Ou mesmo que faça das noites dias
em leituras sem fim...
Muitos livros acumulados nas caixas
restarão na serenidade
de páginas nunca abertas...

Hoje, recebi mais cento e sete títulos
para dar sentido as minhas horas,
minutos inertes, segundos esdrúxulos.

Minha vida é essa:
ler temáticas étnico-racial...
descansar com temáticas di versas.

Presentes!

Presentes!
Presente no meu aniversário!

O que poetizam... (pra mim e de mim)

Poema

Sou um sujeito cheio de recantos.
Os desvãos me constam.
Tem hora, leio avencas.
Tem hora, Proust.
Ouço aves e beethovens.
Gosto de Bola-Sete e Charles Chaplin.

O dia vai morrer aberto em mim.

(Manoel de Barros)



E X A U S T O


Eu quero uma licença de dormir,
perdão pra descansar horas a fio,
sem ao menos sonhar
a leve palha de um pequeno sonho.
Quero o que antes da vida
foi o profundo sono das espécies,
a graça de um estado.
Semente
Muito mais que raízes.

(Adélia Prado)

Poema de Mario Quintana em A cor do invisivel

Há três coisas cujo gosto não sacia
o pão, á água e o doce nome de Maria.


One Art

The art of losing isn't hard to master;
so many things seem filled with the intent
to be lost that their loss is no disaster,

Lose something every day. Accept the fluster
of lost door keys, the hour badly spent.
The art of losing isn't hard to master.

Then practice losing farther, losing faster:
places, and names, and where it was you meant
to travel. None of these will bring disaster.

I lost my mother's watch. And look! my last, or
next-to-last, of three beloved houses went.
The art of losing isn't hard to master.

I lost two cities, lovely ones. And, vaster,
some realms I owned, two rivers, a continent.
I miss them, but it wasn't a disaster.

-- Even losing you (the joking voice, a gesture
I love) I shan't have lied. It's evident
the art of losing's not too hard to master
though it may look like (Write it!) a disaster.

(Elizabeth Bishop)

Die Liebenden
Friedrich Hölderlin

Trennen wollten wir uns? wähnten es gut und klug?
Da wirs taten, warum schröckte, wie Mord, die Tat?
Ach! wir kennen uns wenig,
Denn es waltet ein Gott in uns.


Identidade

Preciso ser um outro
para ser eu mesmo

Sou grão de rocha
Sou o vento que a desgasta

Sou pólen sem insecto

Sou areia sustentando
o sexo das árvores

Existo onde me desconheço
aguardando pelo meu passado
ansiando a esperança do futuro

No mundo que combato morro
no mundo por que luto nasço

Mia Couto, in "Raiz de Orvalho e Outros Poemas"