Refletir é pertinente, agir é urgente.
Spicula, termo usado por uma mulher diplomada na sabedoria da vida e que influenciou radicalmente o meu modo de ver e encarar o mundo, a vida e as pessoas.
terça-feira, 30 de novembro de 2010
domingo, 7 de novembro de 2010
sexta-feira, 29 de outubro de 2010
quarta-feira, 27 de outubro de 2010
CLIPE DILMA LÁ OFICIAL
Comemore o aniversário do Presidente Lula.
Dilma13 no dia 31 de outubro de 2010.
Pra continuar sem medo de ser feliz!
Dilma13 no dia 31 de outubro de 2010.
Pra continuar sem medo de ser feliz!
domingo, 24 de outubro de 2010
sexta-feira, 15 de outubro de 2010
Reflexão pelo dia dos/as Professore/as..
Enquanto professora promovi meus/minhas alunos/as a serem sujeitos da História sem dela se tornarem reféns?
Eu lecionei a todos eles
Tenho ensinado, no ginásio, por dez anos. Durante esse tempo, eu lecionei, entre outros, a um assassino, a um evangelista, a um pugilista, a um ladrão e a um imbecil.
O assassino era um menino que sentava no lugar da frente e me olhava com seus olhos azuis; o evangelista era o mais popular da escola, era o líder dos jogos entre os mais velhos; o pugilista ficava parado perto da janela e, de vez em quando, soltava uma gargalhada abafada que até fazia tremer os gerâneos; o ladrão era um coração alegre, diria libertino, um pequenito animal de olhar macio, dócil, procurando as sombras.
O assassino espera, hoje, a morte numa penitenciária do Estado; o evangelista está enterrado, há um ano, no cemitério da Vila; o pugilista perdeu um olho numa briga, em Hong Kong; o ladrão, na ponta dos pés, pode ver, da prisão, as janelas do meu quarto; o imbecil, de olhar macio, bate com a cabeça na parede formada de uma cela, no Asilo Municipal.
Todos eles, um dia, sentaram em minha aula; sentaram e olharam para mim, gravemente, desde as suas carteiras escuras e usadas.
Eu devo ter sido uma grande ajuda para esses alunos.
Eu lhes ensinei o esquema da rima dos sonetos elizabetanos e como colocar em diagrama uma sentença completa...
Texto de M. John White (traduzido e adaptado por Maria Aldina Silveira Furtado).
quarta-feira, 13 de outubro de 2010
Programa de TV - Noite - 12/10
"Penso que cumprir a vida
Seja simplesmente
Compreender a marcha
E ir tocando em frente"
domingo, 3 de outubro de 2010
Minas nas Eleições 2010
Arrumamos direitinho um ninho de tucanos em Minas Gerais.
Oh, Minas Gerais! Quem te conhece nem acredita
Que um dia foi berço de sonhos de liberdade.
sábado, 25 de setembro de 2010
Bom senso...
Atleticanos, americanos e cruzeirenses de bom senso. Votar no Itamar é transformar o Perrela em senador.
terça-feira, 21 de setembro de 2010
domingo, 29 de agosto de 2010
IV Mostra de Literatura Afro-brasileira!
Com Toni Brandão e Júlio Emílio Braz na mesa falando sobre o papel da Literatura Afro-brasileira na formação de identidade positiva de crianças e jovens que têm acesso a essa literatura.
domingo, 22 de agosto de 2010
Quero ser Tambor
Quero Ser Tambor
Tambor está velho de gritar
Oh velho Deus dos homens
deixa-me ser tambor
corpo e alma só tambor
só tambor gritando na noite quente dos trópicos.
Nem flor nascida no mato do desespero
Nem rio correndo para o mar do desespero
Nem zagaia temperada no lume vivo do desespero
Nem mesmo poesia forjada na dor rubra do desespero.
Nem nada!
Só tambor velho de gritar na lua cheia da minha terra
Só tambor de pele curtida ao sol da minha terra
Só tambor cavado nos troncos duros da minha terra.
Eu
Só tambor rebentando o silêncio amargo da Mafalala
Só tambor velho de sentar no batuque da minha terra
Só tambor perdido na escuridão da noite perdida.
Oh velho Deus dos homens
eu quero ser tambor
e nem rio
e nem flor
e nem zagaia por enquanto
e nem mesmo poesia.
Só tambor ecoando como a canção da força e da vida
Só tambor noite e dia
dia e noite só tambor
até à consumação da grande festa do batuque!
Oh velho Deus dos homens
deixa-me ser tambor
só tambor!
(José Craveirinha)
Tambor está velho de gritar
Oh velho Deus dos homens
deixa-me ser tambor
corpo e alma só tambor
só tambor gritando na noite quente dos trópicos.
Nem flor nascida no mato do desespero
Nem rio correndo para o mar do desespero
Nem zagaia temperada no lume vivo do desespero
Nem mesmo poesia forjada na dor rubra do desespero.
Nem nada!
Só tambor velho de gritar na lua cheia da minha terra
Só tambor de pele curtida ao sol da minha terra
Só tambor cavado nos troncos duros da minha terra.
Eu
Só tambor rebentando o silêncio amargo da Mafalala
Só tambor velho de sentar no batuque da minha terra
Só tambor perdido na escuridão da noite perdida.
Oh velho Deus dos homens
eu quero ser tambor
e nem rio
e nem flor
e nem zagaia por enquanto
e nem mesmo poesia.
Só tambor ecoando como a canção da força e da vida
Só tambor noite e dia
dia e noite só tambor
até à consumação da grande festa do batuque!
Oh velho Deus dos homens
deixa-me ser tambor
só tambor!
(José Craveirinha)
Más caras!
Há magia, encantos, disfarces e poderes
Escondidos atrás das máscaras,
Heranças ancestrais africanas
Guardam segredos,
Acordam medos...
Representam misticismos,
Absorvem forças espirituais
Reforçam laços
E há quem acredite em benefícios
Para a comunidade...
"As máscaras de origem africana estão relacionadas aos momentos mais importantes da vida do individuo e da comunidade. Sabemos muito pouco sobre como os povos africanos a utilizavam e sobre suas finalidades."
"As máscaras de origem africana estão relacionadas aos momentos mais importantes da vida do individuo e da comunidade. Sabemos muito pouco sobre como os povos africanos a utilizavam e sobre suas finalidades."
sexta-feira, 20 de agosto de 2010
quinta-feira, 19 de agosto de 2010
Uma flor tornou-se um presente...
Entre as fotos copiadas ninguém sabe o que existe.
Lá entre tantas Fortalezas clicadas,
Uma flor
Carregada de sol
pra iluminar meus dias nublados.
terça-feira, 27 de julho de 2010
Pra instigar vontade!
A Elegância do Ouriço
Muriel Barbery
Desses livros que não se quer parar de ler.
Personagens de gerações, origem social e cultura diferentes.
Possibilita o desfrute literário e a reflexão filosófica.
Deixa um sabor de quero mais...
domingo, 25 de julho de 2010
domingo, 27 de junho de 2010
Pequerrucha
quinta-feira, 3 de junho de 2010
sexta-feira, 16 de abril de 2010
quinta-feira, 1 de abril de 2010
sábado, 27 de março de 2010
terça-feira, 23 de março de 2010
sábado, 6 de março de 2010
Pra que um dia da mulher!
Dia da mulher pra lembrar...
Que ainda temos menor salário e mais formação,
Ludibriadas por um sistema capitalista, iludindo-nos com promessas e ilusões.
Que ainda somos vítimas do machismo, da intolerância, da discriminação...
Muitas morremos nas mãos daqueles que supomos amar-nos.
Que mundo é este que maltrata quem dá a vida?
Que século é este que compactua com tanta injustiça?
quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010
Pó ema
Meu poema ficou esquecido
nos caminhos que meus passos se recusaram
caminhar.
Um poema pó
O canto da ema.
No mapa da vida
ficou nessa longínqua expectativa de chegar.
Acenando caronas,
Com vontade de voltar.
Esse pó em que você se tornará.
Pó de finas abordagens,
de textura sedosa...
Presentes!
O que poetizam... (pra mim e de mim)
Poema
Sou um sujeito cheio de recantos.
Os desvãos me constam.
Tem hora, leio avencas.
Tem hora, Proust.
Ouço aves e beethovens.
Gosto de Bola-Sete e Charles Chaplin.
O dia vai morrer aberto em mim.
(Manoel de Barros)
E X A U S T O
Eu quero uma licença de dormir,
perdão pra descansar horas a fio,
sem ao menos sonhar
a leve palha de um pequeno sonho.
Quero o que antes da vida
foi o profundo sono das espécies,
a graça de um estado.
Semente
Muito mais que raízes.
(Adélia Prado)
Poema de Mario Quintana em A cor do invisivel
Há três coisas cujo gosto não sacia
o pão, á água e o doce nome de Maria.
One Art
The art of losing isn't hard to master;
so many things seem filled with the intent
to be lost that their loss is no disaster,
Lose something every day. Accept the fluster
of lost door keys, the hour badly spent.
The art of losing isn't hard to master.
Then practice losing farther, losing faster:
places, and names, and where it was you meant
to travel. None of these will bring disaster.
I lost my mother's watch. And look! my last, or
next-to-last, of three beloved houses went.
The art of losing isn't hard to master.
I lost two cities, lovely ones. And, vaster,
some realms I owned, two rivers, a continent.
I miss them, but it wasn't a disaster.
-- Even losing you (the joking voice, a gesture
I love) I shan't have lied. It's evident
the art of losing's not too hard to master
though it may look like (Write it!) a disaster.
(Elizabeth Bishop)
Sou um sujeito cheio de recantos.
Os desvãos me constam.
Tem hora, leio avencas.
Tem hora, Proust.
Ouço aves e beethovens.
Gosto de Bola-Sete e Charles Chaplin.
O dia vai morrer aberto em mim.
(Manoel de Barros)
E X A U S T O
Eu quero uma licença de dormir,
perdão pra descansar horas a fio,
sem ao menos sonhar
a leve palha de um pequeno sonho.
Quero o que antes da vida
foi o profundo sono das espécies,
a graça de um estado.
Semente
Muito mais que raízes.
(Adélia Prado)
Poema de Mario Quintana em A cor do invisivel
Há três coisas cujo gosto não sacia
o pão, á água e o doce nome de Maria.
One Art
The art of losing isn't hard to master;
so many things seem filled with the intent
to be lost that their loss is no disaster,
Lose something every day. Accept the fluster
of lost door keys, the hour badly spent.
The art of losing isn't hard to master.
Then practice losing farther, losing faster:
places, and names, and where it was you meant
to travel. None of these will bring disaster.
I lost my mother's watch. And look! my last, or
next-to-last, of three beloved houses went.
The art of losing isn't hard to master.
I lost two cities, lovely ones. And, vaster,
some realms I owned, two rivers, a continent.
I miss them, but it wasn't a disaster.
-- Even losing you (the joking voice, a gesture
I love) I shan't have lied. It's evident
the art of losing's not too hard to master
though it may look like (Write it!) a disaster.
(Elizabeth Bishop)
Die Liebenden
Friedrich Hölderlin
Trennen wollten wir uns? wähnten es gut und klug?
Da wirs taten, warum schröckte, wie Mord, die Tat?
Ach! wir kennen uns wenig,
Denn es waltet ein Gott in uns.
Identidade
Preciso ser um outro
para ser eu mesmo
Sou grão de rocha
Sou o vento que a desgasta
Sou pólen sem insecto
Sou areia sustentando
o sexo das árvores
Existo onde me desconheço
aguardando pelo meu passado
ansiando a esperança do futuro
No mundo que combato morro
no mundo por que luto nasço
Mia Couto, in "Raiz de Orvalho e Outros Poemas"